“Things are not separate”: literary symbiotic metamorphoses in the fiction and critical work of A. S. Byatt

My critical project in this dissertation examines the way Byatt’s work productively moves across, and in and out of apparently conflicting theoretical debates, such as Leavis’s views on reading and writing in the light of poststructuralist and feminist theoretical approaches; or the establishment of a separate female literary tradition within the male literary canon; or the postmodernist resistance to/ rejection of realist representation, to name but a few of the debates examined in this dissertation. Hence, it is not my intention to superimpose a particular theoretical view on my analysis of Byatt’s work, but rather analyse their particular relevance in the light of Byatt’s own politics of writing. I propose the term “literary symbiotic metamorphosis” to investigate Byatt’s negotiation of apparently conflicting theoretical debates, in which she examines the validity of each individual theory vis-à-vis their symbiotic relationship, and then reshapes them into a unique poetics of writing which combines the understanding of a text’s symbiotically creative as well as theoretical relationships with the capacity to rearrange them into a practice of writing which is much more than the sum of the different parts which constitute it. My term is also informed by the Hegelian dialectic as the critical investigation of “a process of change in which a concept or its realization passes over into and is preserved and fulfilled by its opposite” (Merriam Webster) in which “some assertible proposition (thesis) is necessarily opposed by an equally assertible and apparently contradictory proposition (antithesis), the mutual contradiction being reconciled on a higher level of truth by a third proposition (synthesis)” (Thesaurus). It is in light of all these interconnected threads that I will investigate Byatt’s creative and critical work.O meu projeto crítico nesta dissertação examina a forma como o trabalho de Byatt se move produtivamente em debates teóricos aparentemente conflituosos, como as opiniões de F. R. Leavis sobre a leitura e a escrita à luz de abordagens teóricas pós-estruturalistas e feministas; ou o estabelecimento de uma tradição literária feminina separada dentro do cânone literário masculino; ou a resistência pós-modernista à representação realista, para citar apenas alguns dos debates examinados nesta dissertação. Por conseguinte, não é minha intenção sobrepor uma visão teórica específica à minha análise do trabalho de Byatt, mas sim analisar a sua particular relevância à luz das próprias políticas de escrita de Byatt. Proponho o termo crítico “metamorfose simbiótica literária” para investigar o modo como Byatt se posiciona em debates teóricos aparentemente conflituosos, em que examina a validade de cada teoria individual, remodelando-as depois numa poética única de escrita que combina por simbiose as relações criativas e as relações teóricas de um texto com a capacidade de as reorganizar numa prática de escrita que é muito mais do que a soma das diferentes partes que constituem o produto final. O meu termo crítico também é informado pela dialética hegeliana como a investigação crítica de uma tese, necessariamente oposta por uma antítese, sendo a contradição mútua reconciliada num nível mais elevado de verdade por uma terceira proposta, ou síntese. É à luz de todos estes fios interligados que investigo o trabalho criativo e crítico de Byatt